Orientações para bem executar o estudo dos temas para a Assembleia Paroquial

Para auxiliar a nossa preparação para a assembleia paroquial, o Núcleo de Formação traz algumas orientações para o estudo dos roteiros:

1) Toda comunidade e pastoral precisará de um “secretário”, encarregado de cuidadosamente escutar e anotar as resoluções, dúvidas e sugestões que surgirem nos encontros. O secretário levará esse material para a assembleia.

2) Começar sempre com uma oração suplicando a vinda do Espírito Santo: “Vinde espírito Santo”, ou alguma outra oração, antífona ou música apropriada.

3) Fazer a leitura do texto com calma. Repetir a leitura pode ajudar a melhor assimilar o que o texto propõe.

4) Nas partilhas, incentivar todos a falar, porém, sem se delongarem, para que todos consigam falar e escutar uns ao outros.

5) Concluir com a oração do Pai-Nosso, reconhecendo essa filiação que nos congrega e nos convida a viver em comunidade e, também, uma Ave-Maria recorrendo à poderosa intercessão de nossa Mãe, Mãe da Igreja. No fim, o abraço da paz.

Preparação para a assembleia paroquial

Rumo aos 60 anos – Você faz parte dessa história!

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023)

11. O testemunho e o anúncio rejuvenescem a Igreja. Sempre que ela procura “voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 11).

12. Esse encontro [com Jesus] provoca uma conversão de vida que leva ao discipulado, gera comunidade e impele a sair em missão (Documento de Aparecida, n. 278).

18. Quando contemplamos o Evangelho, encontramos dois verbos que marcam a relação de Jesus com os discípulos: “vinde” e “ide”. Jesus que chama  o mesmo Jesus que envia (Mc 3,13-15). Ele chama para estar consigo e para sair em missão. Por isso, não se pode separar a vida em comunidade da ação missionária.

Discipulado, Igreja e Missão

O encontro com Jesus nos faz encontrar também outras pessoas que Ele chama a segui-lo. Juntos caminhamos atrás dele, juntos seguimos seus passos. Jesus reúne os filhos de Deus dispersos (Ler João 11,51-52) e os constitui seus discípulos, sua Igreja, na mesma fé de Pedro (ler Mateus 16,17-19). Tendo encontrado a Ele, o Salvador do mundo, o Caminho, a Verdade e a Vida, Ele nos envia em missão para anunciá-Lo (ler Marcos 16,15), porque ele “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Eis o dom e o chamado da vida cristã: conhecer cada vez mais a Cristo (SER DISCÍPULOS – Mt 11,28-30; Lc 9,23-26), como membros vivos e bem articulados entre si, formarmos um só Corpo do qual Ele é a Cabeça (SER IGREJA – ler Lc 10,16; 22,19-20); anunciar a todos o Cristo e seu Evangelho, para que o mundo tenha vida (SER MISSIONÁRIOS – ler Mt 28,18-20; Lc 24,44-48).

1. Como estamos vivendo essas dimensões da vida cristã: conhecer mais a Cristo – ser comunidade – anunciar o Evangelho? Como podemos melhorar?

AS PEQUENAS COMUNIDADES – “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei ali, no meio deles” (Mt 18,20).

Isso é o que diz Jesus aos seus discípulos, convocando-os a reunirem-se em seu nome. O encontro com Jesus nos faz querer reencontrá-lo, ainda mais, ali onde Ele gosta de estar: entre nós, reunidos em seu nome. Também quando somos apenas dois ou três. As pequenas comunidades encontram aqui um fundamento importante: Jesus, como com os seus discípulos de antes, nos encontra também hoje em pequenos grupos, para nos ensinar, para nos explicar as Escrituras, para nos fazer aprofundar em seus mistérios (ler Mt 13,10-17; Mc 9,30-32).

As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil situam as pequenas comunidades como parte da resposta ao “desafio irrenunciável” de conversão pastoral em nossas paróquias nestes nossos tempos. Vamos ler:

No momento atual, pelo qual passam o mundo e o Brasil, a conversão pastoral se apresenta como desafio irrenunciável. Esta conversão implica a formação de pequenas comunidades eclesiais missionárias, nos mais variados ambientes, que sejam casas da Palavra, do Pão, da Caridade e abertas à Ação Missionária. Essas comunidades podem oferecer, nesse contexto, meios adequados para o crescimento na fé, para o fortalecimento da comunhão fraterna, para o engajamento de seus integrantes na missão e para a renovação da sociedade.

Pequenas comunidades oferecem um ambiente humano de proximidade e confiança que favorece a partilha de experiências, a ajuda mútua e a inserção concreta nas mais variadas situações. O importante é que elas não estejam isoladas e os ministérios, principalmente os de coordenação, com boa formação, ajudem-nas a se manterem em comunhão com a Igreja particular [em nosso caso, a Arquidiocese de Brasília]. (DGAE n. 34).

E diz ainda:

A formação de pequenas comunidades eclesiais missionárias, como prioridade da ação evangelizadora, oferece um referencial concreto para a conversão pastoral. […] Elas oferecem ambiente e meios para a iniciação cristã e para uma formação sólida, integral e permanente. São espaços propícios para o crescimento espiritual, por meio da partilha da experiência de fé e da fidelidade a Jesus Cristo e a seu Evangelho nos contextos em que se encontram. (DGAE, n. 36).

1. Como podemos organizar e acompanhar a formação de pequenas comunidades na nossa Paróquia?

OS PILARES DAS PEQUENAS COMUNIDADES – Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei ali, no meio deles. (Mt 18,20)

Temos, já há alguns anos, a graça da presença das comunidades nas nossas quadras. Também estamos apoiando os nossos jovens a viverem a graça de pertencerem a uma pequena comunidade e aí encontrarem um lugar para crescerem na vida cristã, no aprofundamento da fé, na vida de oração, na escuta da Palavra, no apostolado missionário e em relacionamentos sadios de amizade e fraternidade.

Escutemos a indicação das Diretrizes como um convite a incrementar, melhorar, aprofundar a vida cristã em pequenas comunidades em nossa Paróquia, segundo aqueles pilares que elas apresentam:

1 – Pilar da Palavra – a pequena comunidade é lugar da iniciação à vida cristã, assíduos ao ensinamento dos Apóstolos, a fim de termos uma fé esclarecida e amadurecida. Isso se dá pelo conhecimento da Sagrada Escritura e também do Magistério da Igreja, isto é, o ensinamento do Papa e dos bispos unidos a ele;

2 – Pilar do Pão – a pequena comunidade é lugar de espiritualidade e oração fundamentada na Eucaristia, o Pão da Vida, e na escuta humilde e inteligente das Sagradas Escrituras. Na pequena comunidade, nós, discípulos, nos encontramos para a oração em comum, prolongando a comunhão com Cristo que celebramos e da qual participamos na santa missa, fonte da comunhão entre nós;

3 – Pilar da Caridade – a pequena comunidade é lugar de serviço à vida plena, em primeiro lugar, no cuidado fraterno uns pelos outros na própria comunidade e, a partir de nós, no serviço aos outros da vizinhança e daqueles que o Senhor quiser enviar como nossos próximos;

4 – Pilar da ação missionária – a pequena comunidade vive em estado permanente de missão, na disponibilidade para o anúncio e testemunho de Cristo e do seu Evangelho, aos de perto e aos de longe, aos de dentro e aos de fora, oportuna e inoportunamente, para que a todos seja dada a chance de conhecer mais a Jesus e a Ele se unirem conosco em sua Igreja.

1. Como estamos vivendo os pilares da Palavra, do Pão, da Caridade e da ação missionária na nossa comunidade? Em quê e como podemos melhorar?