As aparições de Nossa Senhora Rosa Mística

As Aparições de Nossa Senhora Rosa Mística ocorreram entre os anos de 1947 e 1976.

Nossa Senhora manifestou-se à uma humilde enfermeira, chamada Pierina Gilli, em uma pequena região da Itália. Ocorreram:

  • 7 aparições em 1947, na cidade de Montichiari, Itália.
  • 4 aparições em 1966, na cidade de Fontanelle, Itália.
  • Depois, inúmeras outras aparições em lugares e datas diferentes até o ano de 1976.

A Santíssima Virgem apareceu primeiramente vestida de roxo, com 3 espadas no peito. Depois apareceu vestida de branco, e no lugar das espadas, haviam 3 rosas.
O significado das espadas e das rosas foi-lhe revelado:

  • primeira espada: a ruína da vocação sacerdotal e religiosa;
  • segunda espada: a vida de pecado que levam muitos sacerdotes;
  • terceira espada: a traição de “judas” no ódio contra a Santa Igreja.
  • rosa branca: o espírito de oração;
  • rosa vermelha: o espírito de sacrifício;
  • rosa amarelo-dourada: o espírito de penitência.

O tema principal desta Aparição de Nossa Senhora (tão fortemente combatida e condenada no início, e muito ignorada atualmente na profundidade da sua mensagem; onde em muitos lugares aparece somente o superficialfoi a decadência na vida sacerdotal e religiosa, e a necessidade de oração, sacrifício e penitência nesta intenção.
Como os relatos são muito extensos, vamos colocar aqui as partes principais e mais abaixo a indicação de livros sites para quem quiser aprofundar no assunto.

Aparições em Montichiari (1946)1ª Aparição

Nesta ocasião, Pierina trabalhava como enfermeira em um Hospital na cidade de Montichiari, e teve a visão em um quarto do Hospital.

Mas bem antes disto acontecer, Pierina já havia tido outras aparições, de Santa Maria Crucifixa di Rosa, fundadora da Congregação das Servas da Caridade; e foram as aparições desta santa que a prepararam para receber as aparições da Virgem Maria.

Em fins de novembro de 1946, a santa apareceu novamente à Pierina, e apontou para um ponto no quarto. Pierina relatou sobre esta primeira Aparição de Nossa Senhora da seguinte maneira: “Então eu vi uma Senhora Lindíssima, transparente, vestida de violeta, com um véu branco na cabeça, que descia até os seus pés. Tinha os braços abertos e vi três espadas cravadas em seu peito na altura do coração. Enquanto a Bem-Aventurada Maria Crucifixa falava, a Bela Senhora chegou perto e vi duas lágrimas grossas rolarem de seus olhos e ouvi sua voz doce dizer: ‘oração, sacrifício e penitência’. Depois, calou-se e desapareceu.”2ª Aparição

Na manhã de um domingo, no dia 13 de julho de 1947, Nossa Senhora apareceu novamente à Pierina, em uma sala do hospital. Vestia de branco, e no peito, no lugar das espadas, tinha agora três rosas: uma branca, outra vermelha e outra amarelo-dourada.

Indagando Pierina à Senhora da Visão, quem ela era, a Virgem lhe respondeu: “Sou a Mãe de JESUS e de todos vós.” E depois de uma pausa prosseguiu: “O SENHOR envia-me a fim de promover uma devoção mariana mais eficaz entre os Institutos e Congregações religiosas, masculinas e femininas, e entre todos os sacerdotes. Prometo a todos os que me honrarem mais, a minha proteção, o florir de vocações, menos apostasias e um grande desejo de santidade entre os ministros de DEUS. Desejo que o dia treze de cada mês seja considerado como dia mariano a consagrar com preces especiais, que se hão de iniciar doze dias antes.”

Depois, com alegria, a Virgem continuou: “Nesse dia farei descer abundância de graças e santidade de vocações sobre quantos me honrarem. Desejo que o dia 13 de julho de cada ano seja festejado em honra da ‘Rosa Mística’.”

Questionada por Pierina se poderia haver algum milagre para comprovar, a Santíssima Virgem respondeu: “O milagre mais evidente sucederá quando as almas consagradas, cujo espírito se relaxou, sobretudo na última guerra, com os seus graves castigos e perseguições, puserem termo às contínuas ofensas ao Senhor, regressando ao espírito primitivo dos Santos Fundadores.”

3ª Aparição

Nesta Aparição, ocorrida em 22 de outubro de 1947, a bela Senhora apareceu a Pierina na Capela do Hospital, na presença de três pessoas, entre elas seu confessor, dizendo: “Coloco-me, qual Medianeira, entre os homens e, em particular, entre as almas religiosas e o meu Divino Filho. Ele está cheio de tristeza com as ofensas que recebe diariamente e quer dar curso à Sua justiça.” E antes de desaparecer, a Santíssima Virgem disse: “Vive de amor!”

4ª Aparição

Em 16 de novembro de 1947, na igreja paroquial de Montichiari, na presença de alguns fieis e sacerdotes, Nossa Senhora apareceu novamente à Pierina. Repetindo as admoestações anteriores, continuou: “Ele está para enviar um dilúvio de castigos… Intervim para implorar ainda a misericórdia e, em reparação, peço oração e penitência… Eu encherei de graça os que repararem estes pecados”.
Pierina então perguntou: “Seremos perdoados?” E a Virgem respondeu: “Sim, contanto que se combata em toda a parte o pecado da impureza”.

5ª Aparição

Em 22 de novembro de 1947, também na Igreja Paroquial, na presença de algumas pessoas, a Santíssima Virgem apareceu novamente à Pierina, pedindo que fizesse com a língua quatro pequenas cruzes sobre as lajes de mármore no meio da Catedral, precisamente sobre a Cúpula. Depois, colocando-se sobre as cruzes, pronunciou estas palavras: “Desci a este lugar sagrado onde acontecerão grandes coisas… Os cristãos do teu país são os que agora, mais ofendem o SENHOR com os pecados contra a santa pureza. Por isso o SENHOR pede orações e generosidade no sacrifício e penitência… Aceitai diariamente todas as pequenas cruzes e os trabalhos em sinal de penitência… No dia 8 de dezembro, pelo meio-dia voltarei aqui à Igreja, onde será a Hora da Graça.”
Pierina perguntou: “Que significa ‘Hora da Graça’?”
A Virgem respondeu: “Conversões em massa… Almas endurecidas, gélidas como o mármore, serão tocadas pela graça divina, tornando-se fieis ao SENHOR e apaixonadas por Ele.”

6ª Aparição

No dia 7 de dezembro de 1947 Nossa Senhora apareceu mais uma vez à Pierina, na Catedral, onde estavam presentes somente três pessoas e entre elas, seu confessor. A Virgem estava envolvida em um manto branco, e a um e a outro lado, sustinham um menino e uma menina vestidos de branco. A Senhora disse: “Quero mostrar o meu Coração Imaculado, que dos homens é tão pouco conhecido… Em Fátima, desejei propagar a devoção da Consagração ao meu Coração Imaculado… Em Bonate procurei inculcar esta devoção nas famílias cristãs… Em Montichiari desejo, porém, que a devoção à Rosa Mística, unida à do meu Coração, se aprofunde e propague nos Institutos religiosos, a fim de que as almas consagradas possam atrair do meu Coração materno graças mais abundantes”.
Pierina então perguntou: “Quem são os meninos que tendes a Vosso lado?”
“São Jacinta e Francisco. E eles te acompanharão nas tribulações, pois que também eles, embora mais pequenos que tu, sofreram bastante. Eis o que te quero: bondade e simplicidade como a destas crianças.”
Ao dizer estas palavras, a Virgem abriu os braços num gesto de proteção, ergueu os olhos ao Céu e exclamou: “Seja louvado o SENHOR!” E desapareceu.

7ª Aparição

8 de dezembro de 1947. Como esta Aparição teve uma data anunciada, a Catedral de Montichiari ficou repleta de uma grande multidão, de modo que Pierina teve dificuldades de entrar. Chegando até o centro da nave da Igreja, ajoelhou-se e começou o Santo Terço. Logo Pierina exclamou: “Oh! A Senhora!”

Fez-se então um silêncio tão profundo que o próprio Monsenhor Francesco Rossi, então pároco da Catedral, afirmou que, apesar da grande multidão, o silêncio era tão absoluto que poderia se ouvir o voo de uma mosca.
A Santíssima Virgem estava em pé, em cima de uma escadaria branca, enfeitada a um e outro lado com rosas brancas, vermelhas e amarelas. Sorriu, enquanto dizia:
“Eu sou a Imaculada Conceição”.

Depois, descendo alguns degraus, continuou:“Sou a Mãe da Graça, Mãe do meu Divino Filho JESUS CRISTO.”
Desceu ainda mais uns degraus e prosseguiu:
“Aqui, em Montichiari, quero ser chamada ‘Rosa Mística’. Desejo que todos os anos, no dia 8 de dezembro tenha lugar, ao meio-dia, a Hora da Graça Universal, com que se hão de obter numerosos favores para a alma e para o corpo… O SENHOR, meu Divino Filho, concederá grande Misericórdia, contanto que os bons não deixem de orar pelos seus irmãos pecadores. Comunicai rapidamente ao Santa Padre da Igreja Católica, o Papa Pio XII, o meu desejo de que esta Hora da Graça se difunda e pratique em toda a terra. Os que não puderem ir à Igreja obterão as graças desde que orem em suas casas. A quem orar e derramar lágrimas de arrependimento nesta igreja, ser-lhe-á indicada uma via segura para obter do meu Coração graça e valimento.”

Nesse momento, Pierina pode contemplar o Coração resplandescente da Virgem e ouvir as seguintes palavras:
“Eis o Coração que tanto ama os homens, mas da maior parte deles é pago com ultrages… Quando os bons, como também os maus, se reunirem todos em oração, hão de alcançar do meu Coração misericórdia e paz… Até agora os bons, graças à minha intercessão, obtiveram do SENHOR um ato de Misericórdia, que lhes valeu o ser afastado um grande flagelo… Dentro de pouco há o mundo de conhecer a grandeza desta ‘Hora da Graça’… Já está pronta a abundância de graças para todos os filhos que escutam a minha voz e tomam a peito as minhas súplicas.”
As curas milagrosas durante a Hora da Graça

Durante esta 7ª Aparição deram-se duas curas milagrosas na Catedral e uma outra cura em uma casa próxima:

– A primeira foi de um menino de 5 ou 6 anos que por causa da Poliomelite não podia andar e nem sequer ficar de pé. Este menino, levado à Igreja, nos braços dos pais, ergueu-se num instante e caminhava e corria sozinho pela Catedral, contanto ele mesmo que tinha visto a Virgem sorridente.

– A segunda de uma jovem de 26 anos que há doze anos, padecia de uma forma grave de Tuberculose, e que há 9 anos não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Esta moça subitamente entoou um cântico de júbilo, com voz clara e forte, e a partir desta ocasião, não teve mais dificuldade em falar, ficando obviamente curada de sua doença. Esta jovem entrou mais tarde para a vida religiosa.

– O terceiro milagre ocorreu com uma mulher de 36 anos que tinha um problema mental, e não era capaz de governar as próprias necessidades, enquanto se davam as Aparições, o pai desta foi à Igreja para a Santa Missa e rezar à Nossa Senhora. A doente ficou em casa, sendo vigiada pela cunhada. Enquanto na Igreja se rezava o Santo Terço, a cunhada exclamou: “Ó minha querida Senhora, se tu verdadeiramente apareces na Sé, cura esta infeliz!” E naquele exato momento a mulher ficou curada, e completamente normal e cheia de grande alegria, uniu-se à cunhada na recitação do terço. Ao chegar em casa, o pai ficou enormemente comovido ao ver sua filha em estado normal. Este foi um milagre que exitou grande admiração do povo e que foi reconhecido pelos médicos como o mais importante e significativo, pois era de excluir qualquer sugestão, sendo a cura total e definitiva.

Aparições em Fontanelle (1966)

Mesmo com estas curas milagrosas, Pierina começou a ser fortemente descreditada e perseguida. E por ordem expressa do Bispo diocesano, Pierina foi conduzida a um Convento de Religiosas, como ajudante, mas usando a roupa de uma Postulante.

Houve então um grande intervalo nas Aparições, que só recomeçaram em fevereiro de 1966. A Santíssima Virgem apareceu em frente o oratório de seu quarto e lhe falou palavras de estímulo e conforto pela amargura que havia experimentado durante os longos anos de ausência das visões. Encorajou-a e prometeu-lhe uma Aparição em Fontanelle no 2º Domingo da Páscoa, em 17 de abril de 1966.

1ª Aparição

Por ordem do Bispo de Bréscia, Pierina não revelou a ninguém que ocorreria esta Aparição, e foi a Fontanelle em companhia de uma única amiga.

Ao chegar em Fontanelle, começou a recita o Santo Terço, passando em uma Vereda que ficava por cima da Gruta, onde havia a Fonte que Pierina conhecia muito bem, pois vivera ali na sua infância.

Por volta do meio-dia, ao toque do Angelus, a Santíssima Virgem apareceu e disse:

“O meu Divino Filho JESUS, todo Amor, enviou-me aqui para tornar milagrosa esta nascente de água, e tu, agora, como sinal de penitência e purificação, tens de beijar o primeiro degrau da escada.”

Esta escada era meio informe e os degraus eram dez. Assim que Pierina beijou este degrau, a Virgem disse que ela deveria, em marcha-ré ir descendo os degraus e beijando um a um. Dali de onde estava, Pierina podia ver os pés descalços da Virgem, que lhe disse:

“E agora para e dá um terceiro beijo no degrau onde estás e sobre o qual quero que se levante um crucifixo.”

E ao mesmo tempo que indicava o lugar com a Mão, prosseguia:

“Desejo que todos os enfermos e os meus filhos peçam perdão ao meu Divino Filho com um beijo de amor, antes de se dessedentarem com esta água.”

E dirigindo-se à fonte, disse:

“Toma essa lama com as mãos… lava-te com a água. Ficai todos a saber que o pecado na alma dos meus filhos é como lama, mas a graça divina tem o poder de purificar mesmo os pecadores mais transviados.”

Fonte depois de algumas reformas.
Os lugares com Capelinhas são onde Nossa Senhora tocou.
Vê-se a Cruz na escada, à direita em baixo.

Então, a Santíssima Virgem Maria, inclinando-se, tocou com seus dedos a água da fonte em dois pontos distintos e acrescentou:

“Seja dado a conhecer a todos os meus filhos o que JESUS disse em 1947. Os seus desejos e as minhas mensagens expus-los a partir de então. Quero, pois, e repito, que os doentes e todos os meus filhos acorram a este lugar, junto da fonte miraculosa e a tua missão, cara Pierina, doravante será aqui, à beira dos enfermos e carentes. Desejo, antes de mais, que os fieis vão à Igreja para adorarem o meu Divino Filho JESUS no Santíssimo Sacramento do Altar e Lhe renderem graças pela Sua imensa Bondade e Misericórdia, e pelo dom feito em Montichiari, com tanto Amor e Benevolência. Venham, pois, todos aqui a Fontanelle.”

Ditas estas palavras, a Virgem Santíssima elevou-se ao céu, abriu os braços e o manto, que se tornou incomensuravelmente amplo e cobriu uma imensa superfície do universo…

Convém referir aqui um aspecto singular das Aparições de Rosa Mística, o qual não se verificou em outras aparições: A Virgem caminhou sobre a terra, pousando os pés a primeira vez na Catedral de Montichiari (22-11-1947), descendo por uma escada branca adornada com rosas (8-12-1947) e pousando os pés uma segunda vez sobre os degraus da pequena escada de pedra que leva à nascente de Fontanelle, a qual se dignou tocar com as mãos a água (17-4-1966).

2ª Aparição

Em 13 de maio de 1966, na segunda aparição, achavam-se presentes umas 20 pessoas. Era por volta de 11:40 da manhã. A Senhora disse:

“Espalhe-se por toda a parte a minha vida à fonte… O meu Divino Filho é todo Amor…, o mundo corre à perdição… Eu alcancei ainda misericórdia e, por isso, aqui vim de novo trazer a Graça do Seu Amor. A humanidade salvar-se-á com a oração, o sacrifício a penitência”.

Depois, apontando a Fonte que estava à sua direita, a qual tocara a água com as mãos em 17 de abril, disse:

“Quero que se construa aqui um tanque para imersão dos enfermos. E esta outra fonte – disse apontando – seja reservada para beber.”
“Que nome desejais dar à fonte?” – perguntou Pierina. E a Virgem respondeu:
“Fonte da Graça”.
“Que nome tendes?”
“Rosa Mística… Estou aqui para trazer às almas dos meus filhos amor, concórdia e paz; peço-vos que não atireis lama sobre a caridade.”

3ª Aparição

Pierina Gilli

9 de junho de 1966. Era a Festa de Copus CHRISTI. Pelas 15 horas, Pierina chegou à fonte, onde já uma centena de pessoas aguardava. Pierina solicitou os videntes a rezarem com ela o santo Terço. Ao chegarem no 4º Mistério, ela exclamou: “A querida Mãe Celeste está aqui. Olhai para o Céu!”

A visão pousou os pés sobre um campo de trigo maduro e houve quem seguindo o olhar de Pierina, pudesse verificar que parecia que alguém pousava os pés sobre as espigas…

Ao redor fez-se um grande silêncio, e Pierina escutou dos lábios da Santíssima Virgem:

“Hoje me enviou aqui, de novo, o meu Filho… Hoje, Festa do Corpo do SENHOR… Festa da união… Festa do Amor!… Quanto desejaria que estes grãos se tornassem Pão Eucarístico para outras tantas comunhões reparadoras… Desejo que este trigo, transformado em Hóstias, seja levado a Roma e, dali, a Fátima, para o dia 13 de outubro”.

4ª Aparição

No dia 06 de agosto de 1066, Transfiguração do SENHOR, a Santíssima Virgem renovou o pedido de que parte do Trigo fosse enviado ao Santo Padre, outra parte à Fátima, e a outra fizesse pãezinhos para distribuir junto da Fonte em recordação das Aparições e em Ação de Graças pelos trabalhadores rurais. Depois acrescentou:

“Quantas graças fiz neste século e nos precedentes! Quantas bênçãos! Quantos castigos poupei! Quantos colóquios tive com as almas! Mas os homens continuam sempre a ofender o SENHOR! Eis porque desejo a “União mundial da Comunhão Reparadora. Escolhi esta orla de terra porque nos agricultores há ainda humildade como na pobre Belém; este lugar, consagrado à oração, transformar-se-á num viveiro de Graças”.

Outras Aparições
Com o decurso do tempo, e por decisão da Cúria episcopal de Bréscia, Pierina não voltou mais a Fontanelle depois de 1966 (Lembremos de que Nossa Senhora afirmou que a missão de Pierina era ficar lá, acolhendo os doentes que iriam à Fonte). Mas a Santíssima Virgem não se encontra ligada à proibições humanas e continuou a aparecer à Pierina onde esta se encontrava.

Em uma das aparições, Pierina viu Nossa Senhora em uma escadaria, como ocorreu na visão de 8 de dezembro de 1947. Em seguida, abriu-se uma enorme porta no topo da escadaria da qual se derramava uma luz dourada. No alto, em direção ao interior da escadaria, estava escrito em enormes caracteres:

  • FIAT da CRIAÇÃO (de cor vermelha-alaranjada)
  • FIAT da REDENÇÃO (em vermelho sangue)
  • MARIA da CO-REDENÇÃO (em azul claro)

Então, a Santíssima Virgem apareceu no cimo da escadaria com as mãos abertas em direção para baixo. Das suas mãos saiam contínuas ondas luminosas que pousavam nos degraus inferiores, onde se havia congregado muitas pessoas. A Virgem estava silenciosa mas sorridente, e percebi então uma voz angélica a dizer: “O Fiat de Maria na Anunciação do Anjo consagrou-a como Mãe de DEUS e da humanidade. O Fiat de Maria deve comparar-se com o da criação; Ela recebeu do Eterno PAI todas as Graças”.
Quando a voz angélica se calou, Pierina ouviu um Coro de Anjos que entoava cânticos: “Maria, Mãe de DEUS, Mãe da Graça, seja glorificada por todos os homens nos séculos dos séculos” (13 de janeiro de 1951).
Em 15 de maio de 1969, na Festa da Ascenção, a Senhora lhe apareceu novamente, e entre outras coisas disse:

“Na Fonte estou sempre a acolher as orações recitadas com tanto carinho pelos filhos devotos e cumpro a Vontade do SENHOR que pretende espalhar as Suas Graças com o meu amor materno. Uni-me à obediência que prestaste a teu bispo, para imitar o exemplo que nos deu primeiro o meu Filho JESUS CRISTO, o qual Se humilhou e fez obediente até à morte na Cruz. Filha, a obediência é humildade, muitas vezes é sacrifício, mas DEUS Nosso SENHOR sabe dar à alma docilidade e paz, que são o verdadeiro amor para com Ele… Vê, minha filha, é tempo de chamar ao dever…; a obediência é paz que vem do SENHOR… O contrário é discórdia… ruína das almas. Filha, reza e dá-me o teu amor para o levar a DEUS”.

Em 19 de maio de 1970 Maria Santíssima apareceu, como sempre, com o seu manto branco e o peito adornado com 3 rosas (branca, vermelha e amarela). No braço direito tinha um Rosário enorme que, em vez da cruz habitual, terminava com uma bela medalha redonda e dourada.

A medalha tinha em um dos lados a efígie da Virgem, de pé, no topo da escada, com as mãos postas e a cabeça inclinada. A seus pés havia muitas rosas, também espalhadas nos degraus da escada. Na orla da medalha era escrito: “Rosa Mystica”.

No verso da medalha havia uma bela igreja com cúpula e três grandes portas. Ao redor estava escrito: “Maria, Mater Ecclesia”.

A Santíssima Virgem disse: “É meu desejo que se mande cunhar uma medalha como esta, com as duas inscrições. O SENHOR me envia a este lugar, por Ele, de antemão escolhido, a fim de trazer o Dom do meu amor materno. Hoje estou aqui para dar a conhecer esta medalha, graça do amor universal e que será posta sobre o coração por todos os meus filhos, onde quer que se encontrem. Prometo a estes meus filhos a minha proteção e graça materna. Esta é a hora na qual se busca aniquilar o mais possível a veneração que me é devida. A medalha do meu amor materno fará que os filhos me tenham sempre consigo. Sou a Mãe do SENHOR, a Mãe da humanidade. Aqui estará o triunfo do amor universal! A bênção do SENHOR, juntamente com a minha predileção hão de acompanhar sempre todos os filhos que a Mim recorrem”.

Em 22 de julho de 1973, em uma outra Aparição, entre outras coisas, a Senhora disse: “Recitai o santo Terço… Também aqui, em Fontanelle, desejo penitência em expiação de todos os pecados dos homens. Animados por estes sentimentos, fazei a pé o caminho que da ponte leva a Fontanelle, sem deixardes de rezar. Começai imediatamente essa devoção: poucos foram os que, até agora, a praticaram”.

Pierina perguntou à Mãe Celeste o que significava o nome “Rosa Mística” e porque nunca antes tinha se manifestado assim; a Virgem respondeu:

“Rosa Mística não tem em si nada de novo. Rosa Mística fui chamada no instante em que o meu Divino Filho JESUS Se fez homem. Em ‘Rosa Mística’ simboliza-se o FIAT da redenção e o FIAT da minha colaboração. Eu sou a Imaculada Conceição, a Mãe de JESUS SENHOR, a Mãe da Graça, a Mãe do Corpo Místico, a Igreja. Eis porque o meu Divino Filho me convidou a vir a Montichiari em 1947 e vim, pousando os pés no meio da Sé, no meio de tantos filhos meus… e isto para demostrar que sou a Mãe do Corpo Místico, a Igreja. Isso não passou então de uma advertência e um convite à oração, dirigido a todos os filhos. Penitência…, expiação, disse-te naqueles dias, pois, estavam para vir tempos escuros, cheios de ateísmo e esfriamento no amor para com DEUS e para com esta vossa Mãe”.

Enquanto a Mãe Celeste assim falava, estavam seus olhos rasos de lágrimas. Depois prosseguiu:

“Mas se derdes ouvido a este convite, a graça do SENHOR e a Sua Misericórdia infinita hão de ser conforto e consolação de ‘Rosa Mística’.”

Na Aparição de 20 de abril de 1976, Pierina viu uma grande cruz luminosa, e perguntou à Virgem o porquê da cruz. A senhora respondeu:

“No meio do campo, onde está a capelinha, coloque-se uma grande cruz… Seja ela, para todos os filhos que vierem orar, a suplicar, um apelo à luz da fé… da caridade e da esperança…, pois que, deste lugar, unida ao meu Divino Filho JESUS CRISTO, o meu Coração e os meus braços se abrem, de contínuo, para comunicar graças…, especialmente para salvar os pecadores. Vinde, filhos, que abri a Fonte do perdão e do amor.. E vós, filhos prediletos, que sofreis e trabalhais por este lugar, recebereis a recompensa do meu amor materno. Eis o tempo…, a hora em que desejo espalhar sobre toda a humanidade o meu amor e a misericórdia divina”.

Particulares desejos de Nossa Senhora Rosa Mística

  • Ser o dia 13 de cada mês consagrado a uma especial devoção à Santíssima Virgem, preparando-o com a oração dos 12 dias anteriores;
  • Ser o dia 13 de julho em cada ano festejado em honra de ‘Maria Rosa Mística’;
  • No dia 13 de outubro, também de cada ano, tomar parte na Comunhão reparadora;
  • A 8 de dezembro, de cada ano, celebrar, ao meio-dia, a Hora da Graça universal;
  • Ir em procissão à Fonte bendita, com oração e penitência.

Promessas claras de Nossa Senhora Rosa Mística

  1. Maior abundância de vocações religiosas e renovado anseio de santidade para os sacerdotes e almas consagradas, com o regresso ao espírito dos santos fundadores.
  2. Numerosas conversão de pecadores inveterados e, sobretudo, de sacerdotes apóstatas.
  3. Uma segura ascensão ao céu com a materna proteção da Senhora, a superabundância das suas graças.
  4. Um miraculoso e salutar bem-estar físico e espiritual para os que visitarem a Fonte (os doentes acorram, pois, a esta fonte de graça).
  5. Fontanelle há de tornar-se um farol de oração, de fé e penitência.
  6. “Montichiari há de vir a ser o monte donde irradiará luz para todo o mundo. Sim, tudo isso acontecerá”.
  7. O milagre mais espantoso será o regresso dos filhos à verdadeira e única fé e ao amor para com DEUS; seguir-se-á a reconciliação e a verdadeira paz no mundo inteiro.

Livros indicados:

  1. Maria, Rosa Mística – Fontanelle di Montichiari – História, Mensagem e Devoção – Enrico Rodolfo Galbiati.
  2. Maria Rosa Mística – Montichiari-Fontanelle – Alfons Maria Weigl – Edições Boa Nova no Brasil.
  3. Maria, Rosa Mística – Histórias, Mensagens e Testemunhos – Padre Vincenso.

Sites indicados:

  1. Aparições de Nossa Senhora Rosa Mística
  2. Nossa Senhora Rosa Mística e as Aparições de Fátima
  3. Aparições de Nossa Senhora em Montichiari…
  4. Aparições e Mensagens de Maria Rosa Mística (neste site tem várias fotos antigas e atuais, dos lugares onde Nossa Senhora apareceu)


Disponível em: https://pequenoapostolado.blogspot.com/2017/07/aparicoes-de-nsra-rosa-mistica.html